
Vi outonos nos olhos de um cão
os lábios num risco de faca
um andarilho nos ventos da solidão
deixando na areia a sua marca...
Vi mulheres adejando
em meio a lençóis brancos
matriarcas se pondo ao tempo
outras se rastejando...
Vi donzelas suspirando
no veneno da madrugada
em volta de um corpo afogado
os sinais da morte anunciada...
Vi borboletas pousando
em vestidos com flor de algodão
senti o cheiro da goiaba
impregnado em minha mão...
Vi poesia em grãos de poeira
ouvi lamentos perdidos no mar
adormeci como Delgadina
com o amor a me soprar...
... as histórias do Gabo, que é sempre bom recordar.
os lábios num risco de faca
um andarilho nos ventos da solidão
deixando na areia a sua marca...
Vi mulheres adejando
em meio a lençóis brancos
matriarcas se pondo ao tempo
outras se rastejando...
Vi donzelas suspirando
no veneno da madrugada
em volta de um corpo afogado
os sinais da morte anunciada...
Vi borboletas pousando
em vestidos com flor de algodão
senti o cheiro da goiaba
impregnado em minha mão...
Vi poesia em grãos de poeira
ouvi lamentos perdidos no mar
adormeci como Delgadina
com o amor a me soprar...
... as histórias do Gabo, que é sempre bom recordar.
imagem: desenho de Carybé
2 comentários:
Você vê poesia na criação, observa tudo quietinha e depois faz obras primas em forma de textos.
Amo sua forma de ver os seres divinos!
Mil bjs
Seus textos são ótimos..
Parabéns pelo blog.
Postar um comentário