sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Espuma

Uma onda se quebra espuma na pedra
braço de um corpo obscuro
numa força serena que tudo leva...
e leva meu corpo leve e me leva
resvalo na certeza que resta
tudo passa
tudo caminha sobre uma linha
horizonte fugaz...
fica prá trás uma nuvem de fumaça
desenhando rolos de música e vento
meu pensamento no escuro
sente a vertigem do esquecimento
apaga no tempo meu risco de giz
desenho feito com esmero
destino aprendiz...
nada mais além da espuma na pedra
dos meus olhos vendados
a flor do sonho na boca
enquanto a noite aderna
com seus navios e velas...

.

2 comentários:

João Videira Santos disse...

Muito bom!

Poesia de fino recorte, desenhos de suave traço...Aqui, tudo respira poesia, talento...

Este blog TEM que ser mais comentado!

Beijo, Cristina!

José Espírito Santo disse...

Como sempre, muito bom.

Bjs
José Espírito Santo