
uma por uma, até passar toda a tristeza.
Ficou com um brilho no ar e uma lágrima presa.
A vida é tão frágil quando me apoio no parapeito.
Olho prá rua, cravo meus pés no chão e abro meu peito.
É quando ela entra e se aboleta, feito borboleta
bate suas asas e me espalha de cores por dentro
e vai procurando um lugar prá pousar
pelos meus cantos canteiros, meus delírios viveiros
bebe da minha água riacho doce correnteza
se alimenta da minha calma e me faz inquieta
quando nas minhas falésias sonha alto
se arrisca no salto e plana gaivota branca
menina mar, moça oceano, mulher terra
contando as estrelas na solidão da janela.
imagem: desenho de Cristina Nunes
.
2 comentários:
...contar as estrelas é uma excelente terapia!
Sempre um renovado prazer ler o que você escreve, Cristina...Obrigada pela ótima leitura!
Beijos de luz e o meu sincero carinho...
Cristina:
Estou aqui para protestar!
Protesto por não ter voltado a editar no seu blog;
Protesto por não dar a conhecer a poesia que tem escrito...
Protesto com veemência, esperando que divulgue o blog no "RdL" e em breve possamos ler, aqui, a sua poesia.
Mesmo protestando, saúdo-a com um beijo amigo.
Postar um comentário